sábado, 2 de outubro de 2010

A Direita ao ataque contra a ALBA

Sexta-Feira, 01 de outubro de 2010
01.10.10 - EQUADOR
Por trás do golpe no Equador. A direita ao ataque contra a ALBA





Eva Golinger *

Adital -

Tradução: ADITAL Organizações financiadas pela USAID e NED pedem a renúncia do presidente Correa, apoiando o golpe de Estado promovido por setores da polícia equatoriana, profundamente penetrada pelos Estados Unidos.
Uma nova tentativa de golpe contra um país da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) atenta contra a integração latinoamericana e o avanço dos processos de revolução democrática. A direita está no ataque. Seu êxito em 2009 em Honduras contra o governo de Manuel Zelaya encheu-a de energia, força e confiança para poder arremeter contra os povos e governos de revolução na América Latina.
As eleições do domingo, 26 de setembro, na Venezuela, apesar de que resultaram vitoriosas, principalmente para o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), cederam espaço às mais reacionárias e perigosas forças de desestabilização que estão a serviço dos interesses imperiais. Os Estados unidos conseguiram colocar suas peças chaves na Assembleia Nacional da Venezuela, dando-lhes uma plataforma para avançar com seus planos conspirativos para socavar a democracia venezuelana.
No dia seguinte às eleições na Venezuela, a líder pela paz na Colômbia, Piedad Córdoba, foi desabilitada como Senadora da República da Colômbia pela Procuradoria Nacional, baseando-se em acusações e evidências falsas. Porém, o ataque contra a Senadora Piedad simboliza um ataque contra as forças do progresso na Colômbia que buscam soluções verdadeiras e pacíficas ao conflito de guerra em que vivem por mais de 60 anos. E agora, na quinta-feira, 30 de setembro, o Equador amanheceu sob golpe. Policiais insubordinados tomaram várias instalações na capital, Quito, criando caos e pânico no país. Supostamente, protestavam contra uma nova lei aprovada pela Assembleia Nacional na quarta-feira passada, que, segundo eles, recortava seus benefícios trabalhistas.
O Presidente Rafael Correa, em uma tentativa de resolver a situação, dirigiu-se à polícia insubordinada; porém, foi atacado com objetos contundentes e bombas de gás lacrimogêneo, causando-lhe um ferimento na perna e asfixia devido ao gás. Foi trasladado ao hospital militar na cidade de Quito, onde, em seguida foi sequestrado e mantido à força, sem poder sair.
Enquanto isso, movimentos populares tomavam as ruas de Quito, reclamando a libertação de seu presidente, reeleito democraticamente no ano passado com uma imensa maioria. Milhares de equatorianos levantaram sua voz em apoio ao presidente Correa, tentando resgatar sua democracia das mãos de forças golpistas que buscavam provocar a saída forçada do governo nacional.
Apesar dos acontecimentos, há fatores externos envolvidos nessa tentativa de golpe, que movem de novo suas peças.
POLÍCIA INFILTRADA
Segundo o jornalista Jean-Guy Allard, um informe oficial do Ministro da defesa do Equador, Javier Ponce, difundido em outubro de 2008, revelou que "diplomatas estadunidenses se dedicavam a corromper a polícia e as forças armadas".
O informe afirmou que unidades da polícia "mantêm uma dependência econômica informal com os Estados Unidos, para o pagamento de informantes, capacitação, equipamento e operações".
Em resposta à informação, a embaixadora dos Estados Unidos no Equador, Heather Hodges, declarou: "Nós trabalhamos com o governo do Equador, com os militares e com a polícia para fins muito importantes para a segurança", justificando a colaboração. Segundo Hodges, o trabalho com as forças de segurança do Equador está relacionado com a "luta contra o narcotráfico".
A EMBAIXATRIZ
A Embaixatriz Heather Hodges foi enviada ao Equador, em 2008, pelo então Presidente George W. Bush. Anteriormente, teve uma gestão exitosa como embaixatriz na Moldávia, país socialista que antes fazia parte da União Soviética. Na Moldávia, deixou semeada a pista para uma "revolução de cores", que aconteceu, sem êxito, em abril de 2009, contra a maioria eleita do Partido Comunista, no Parlamento.
Hodges esteve à frente do Escritório de Assuntos Cubanos, como Subdiretora em 1991, divisão do Departamento de Estado, que se dedica a promover a desestabilização em Cuba. Dois anos depois, foi enviada a Nicarágua para consolidar a gestão de Violeta Chamorro, presidente selecionada pelos Estados Unidos, após a guerra suja contra o governo sandinista, que saiu do poder em 1989.
Quando Bush a enviou ao Equador era com a intenção de semear a desestabilização contra Correa, no caso de que o presidente equatoriano se negasse a subordinar-se à agenda de Washington. Hodges conseguiu incrementar o orçamento da USAID e NED para organizações sociais e grupos políticos que promovem os interesses dos Estados Unidos, inclusive no setor indígena.
Ante a reeleição do presidente Correa, em 2009, baseada na nova Constituição aprovada em 2008 por uma maioria contundente de equatorianos/as, a Embaixada começou a fomentar a desestabilização.
USAID
Alguns grupos sociais progressistas expressaram seu descontento com as políticas do governo de Correa. Não há dúvida de que existem legítimas queixas a seu governo. Nem todos os grupos ou organizações que estão contra as políticas de Correa são agentes imperiais. Porém, é certo que existe um setor dentro deles que recebe financiamento e linhas para provocar situações de desestabilização no país, além das expressões naturais de crítica ou oposição a um governo.
Em 2010, o Departamento de Estado aumentou o orçamento da USAID no Equador para mais de 38 milhões de dólares. Nos últimos anos, um total de $ 5.640.000 em fundos foi investido no trabalho de "descentralização" no país. Um dos principais executores dos programas da USAID no Equador é a mesma empresa que opera com a direita na Bolívia: Chemonics, Inc. Ao mesmo tempo, a NED outorgou um convênio de $ 125.806 para o Centro para a Empresa Privada (CIPE), para promover os Tratados de Livre Comércio, a globalização e a autonomia regional através da rádio, TV e imprensa equatorianas, juntamente com o Instituto Equatoriano de Economia Política.
Organizações no Equador, como Participação Cidadã e Pró-Justiça dispõem de financiamento da USAID e NED tanto como membros e setores de CODEMPE, Pachakutik, CONAIE, a Corporação Empresarial Indígena do Equador e a Fundação Qellkaj.
Durante os acontecimentos da quinta-feira, 30 de setembro no Equador, um dos grupos com setores financiados pela USAID e NED -Pachakutik- emitiu um comunicado respaldando a polícia golpista, exigindo a renúncia do presidente Rafael Correa e responsabilizando-o pelos fatos. Inclusive, o acusou de manter uma "atitude ditatorial":
"PACHAKUTIK PEDE A RENÚNCIA DO PRESIDENTE CORREA E CHAMA A CONFORMAR UMA SÓ FRNETE NACIONAL
Boletim de Imprensa 141
O Chefe do Bloco do Movimento Pachakutik, Cléver Jiménez, diante da grave comoção política e crise interna gerada pela atitude ditatorial do Presidente Rafael Correa, ao violentar os direitos dos servidores públicos e da sociedade em seu conjunto, convocou ao movimento indígena, movimentos sociais, organizações políticas democráticas a constituir uma só frente nacional para exigir a saída do presidente Correa, ao amparo do que estabelece o Art. 130, inciso 2 da Constituição, que diz ‘A Assembleia Nacional poderá destituir o presidente da República nos seguintes casos: 2) Por grave crise política e comoção interna’.
Jiménez respaldou a luta dos servidores públicos do país, incluindo aos policiais de tropa que se encontram mobilizados contra as políticas autoritárias do regime que pretende prejudicar direitos trabalhistas adquiridos. A situação dos policiais e membros das Forças Armadas deve ser entendida como uma justa ação de servidores públicos, cujos direitos foram vulnerados.
Pachakutik está convocando para esta tarde a todas as organizações do movimento indígena, aos trabalhadores, homens e mulheres democráticos a construir a unidade e preparar novas ações em rechaço ao autoritarismo de Correa, em defesa dos direitos e garantias de todos os equatorianos.
Responsável de Imprensa
Bloco Pachakutik".
A guia utilizada na Venezuela e em Honduras se repete. Tentam responsabilizar ao Presidente e ao governo pelo "golpe", forçando sua saída do poder. O golpe contra o Equador é a próxima fase da agressão permanente contra a Alba e os movimentos revolucionários na região.
O povo equatoriano se mantém mobilizado em rechaço à tentativa golpista, enquanto as forças progressistas da região se agrupam para expressar sua solidariedade e respaldo ao presidente Correa e ao seu governo.

* Advogada venezuelano-estadunidense

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O TURISTA ACIDENTAL Por alberto ramos

Achei este texto uma perola e, não me contive em postar neste espaço
Hostilio
O turista acidental V - concordando com Arnaldo Jabor ou esta gentinha precisa ficar no seu lugar
Alberto Ramos
Em artigos anteriores já comentei como sou, por definição, um Turista Acidental. Explico com detalhes no primeiro artigo desta série (O TURISTA ACIDENTAL I – O ASILADO E A POLICIA FEDERAL)

Há poucos dias fui mais uma vez turista acidental ao viajar para o congresso europeu de diabetes.

Sinceramente, nunca tinha passado por tantos desconfortos como passei nesta viagem.

Viajei pela TAP e apesar da boa alimentação e da cortesia da tripulação (da ida) ficamos extremamente desconfortáveis naquela lata de sardinha. E não é qualquer lata. É daquelas que não tem lugar nem para o óleo.

Ao chegar a Lisboa fomos para a fila do passaporte. Perguntei ao não tão gentil funcionário se nós que estávamos apenas em trânsito para outro país, precisávamos enfrentar aquela quilométrica fila. Ele informou que, como Lisboa era a porta de entrada para a comunidade europeia, todos teriam que ficar na fila. Argumentei ainda que já que todos passavam pelo controle de passaportes seria mais inteligente que, ao invés de apenas um funcionário para atender todos os passageiros de três aviões que estavam chegando do Brasil (Salvador, Recife e Fortaleza), fossem disponibilizados mais funcionários. Afinal de contas, Portugal sendo a porta de entrada da Europa, deveria incentivar os turistas a não apenas passar por lá e sim demorar alguns dias para conhecer as inúmeras belezas do país.

Ele não se dignou a responder e todos gramamos em torno de duas horas e meia de fila, o que não foi nada agradável após oito horas de voo.

Na volta a história foi menos sofrida e mais espantosa.

Naquela conversa inicial que o comandante tem com os passageiros ele informou que poderíamos escolher entre quatro bons filmes, de categorias diferentes (ação, drama, infantil, etc.). Cerca de vinte minutos após o início do voo as comissárias nos distribuíram os fones de ouvidos para que pudéssemos assistir aos filmes. Para minha surpresa, todos os filmes já estavam em andamento. Chamei a moça e perguntei como fazer para assistir o filme do início. Ela disse que não tinha como. Disse-me que na hora em que o comandante falou conosco deu início aos filmes. Argumentei que filme pela metade era incompatível com os bons costumes (cinéfilos). Ela me disse: “mas senhor, faz apenas 20 minutos que começou!!!”.

Ainda tive vontade de perguntar se ela e o comandante eram portugueses. Porém resolvi não fazer esta piada óbvia e sem graça.

Mas o que mais me incomodou foi outra coisa.

Há algumas semanas li uma coluna de Arnaldo Jabor sobre como caiu o nível das pessoas que frequentam os aeroportos do Brasil. Nessa crônica, o ínclito colunista mostrou-se escandalizado de como as pessoas se vestiam mal, se portavam mal, falando alto e dando gargalhadas extemporâneas. Cometiam gafes imperdoáveis nos aviões ao não saber a diferença entre um cabernet e um pinot. Não sabiam que talheres usar. Não colocavam os guardanapos no colo. Alguns penduravam ao pescoço.

Em suma, um verdadeiro suplício para os bens nascidos que tinham que conviver com esta patuléia que ascendeu de classe neste governo populista.

Quando li esta crônica confesso que achei um pouco de exagero.

Mas agora, ao sentir na pele o que é conviver com esta “gentinha”, passei a achar que Arnaldo Jabor é o nosso profeta e José Serra é o único deus dos que tem bom gosto e que não querem se misturar com todo tipo de gente.

Alguém pode perguntar: porque José Serra?

Respondo eu: ele é a única esperança que temos nós os esnobes, preconceituosos, racistas, segregacionistas e aqui para nós, nazistas e fascistas. Só ele pode derrotar Dilma, a criatura da besta fera que permitiu o acesso desta gentinha a estes “luxos”.

Temos que nos libertar dos grilhões deste tal de discurso politicamente correto e dar nomes aos bois. Ou sendo mais finos, nomeando os bovinos. Nós não queremos e não podemos conviver com este povo do andar de baixo.

Não é possível conviver com esta galera! Eles são deploráveis.

Bom era no tempo da ditadura e de FHC onde esta gentinha conhecia o seu lugar.

Agora não. Todo mundo se acha igual!

Disgusting!

A única forma de evitar isto é votar contra a candidata da besta fera que permitiu que a galera de baixo tivesse acesso ao que antes só nós desfrutávamos.

Proponho fazer uma corrente em todos os meios de comunicação, usando todos os meios necessários. Do Índio da Costa que quer acabar com o Prouni (para que pobre em universidades?), passando pelos que querem acabar com os programas de inclusão e até usando aquele pastor Malafaia que pode até ser um canalha para arrecadar dinheiro dos bestas, mas está do nosso lado.

E vamos conclamar outros com o mesmo nível moral deles. São muitos.

Além disto, vamos cada vez mais publicar mentiras sobre a besta fera e a sua pupila. Vale tudo. Lembrem-se que está em jogo a nossa exclusividade em voos internacionais já que nos nacionais a plebe ignara já tomou conta.

Um detalhe que ocasionou um conflito no meu parco juízo.

Como o voo atrasou em Lisboa tive oportunidade de conversar com alguns dos “pobres”.

Algumas histórias eram interessantes:

Um grupo familiar de três irmãos e uma mãe me disse que eles visitaram uma irmã que mora há oito anos em Portugal. Que pela primeira vez, ao invés de estarem recebendo a visita da parenta rica que mora na Europa, eles estavam indo a Europa, vendo como a irmã vivia, conhecendo um mundo novo e, o mais importante, se sentindo tão dignas quanto a irmã que lá mora.

A mãe chorava de emoção.

Achei comovente.

Outro grupo com quem conversei era formado por quatro casais de terceira idade sendo que três das mulheres e um dos homens eram professores de história aposentados. Que nunca tinham tido a oportunidade de fazer uma viagem internacional. No entanto, com a melhoria dos proventos dos aposentados tinham pela primeira vez, visitado alguns dos sítios históricos que tinham ensinado durante toda a sua vida acadêmica aos seus alunos e que nunca tinham tido a oportunidade de visitar.

Lembrei-me da minha mãe, professora de história (excelente professora) que morreu sem ter a oportunidade de visitar estes sítios e fatos históricos que ela descrevia tão bem.

Nesta hora eu balancei.

E resolvi mandar o Nosferatu José Serra e seus apaniguados incluindo AMARGO JABOR e todos os imbecis que defendem estas ideias fascistas para (com licença do palavrão) para a puta que os pariu!

sábado, 25 de setembro de 2010

Hostilio Ramalho Nitão

Sempe tive curiosidade de entender a real origem do meu nome Hostilio, e sempre aliava-o ao do Imperador Tulio Hostilio, no entanto ao me deparar com o trabalho do jornalista Evandro da Nobrega, comecei a descobrir que o nome de meu Pai foi uma homenagem ao Hostilio Gambarra morto pela coluna Prestes em 1926 visto que, meu pai nasce am 1927 em Misericordia(atual Itporanga) ali pelo vale do Piancó, meu Pai Hostílio Ramalho Nitão, filho de João de Souza Lacerda e D.Sinharinha, e mais outros irmãos Antonio Ramalho Nitão, Belmiro Ramalho Nitão, Stela Ramalho Nitão e Edith Ramalho Rosas. agradeço aqui o trabalho do jornalista, que me proporcionou elucidar tal curiosidade. Hostilio Ramalho Nitão Filho.

Hostilio Gambarra final

Especial - Padre Aristides e Hostílio Gambarra (3) Imprimir E-mail
30 de janeiro de 2010
Por ser tema de interpretações inesgotáveis, a "Chacina de Piancó" está sempre apresentando novos ângulos de análise, para historiadores e até leigos 


Com esta terceira página sobre as relações políticas e de amizade entre o padre Aristides Ferreira da Cruz e o distribuidor em Juízo Hostílio Túlio Cavalanti Gambarra, também degolado na Chacina de Piancó, damos por encerrado (pelo menos enquanto não surgirem informações supervenientes) o trabalho de apresentar novos dados ao leitor.
Não poderíamos, no entanto, deixar de apresentar, aqui, algumas fotos relevantes, ligadas ao episódio do sangrento choque entre a Coluna Prestes e os defensores da Vila de Piancó, em 9 de fevereiro de 1926.
Algumas dessas ilustrações foram extraídas da edição de 23 de abril de 1955 da revista O Cruzeiro, graças a um exemplar cuidadosamente guardado pelo jornalista Napoleão Ângelo, editor de Opinião do jornal A União e neto de Hostílio Gambarra. Se não dispomos de nenhuma foto (nem uma mesmo!) do próprio Hostílio é porque todos os seus bens foram queimados por inimigos políticos logo depois da retirada da Coluna Prestes — da mesma forma que ocorreu com a residência do padre Aristides. Esta se viu igualmente incendiada logo depois de os seus pertencesterem alimentado grande e raivosa fogueira na rua. Outras destas fotos pertencem ao domínio público ou integram coleções particulares de descendentes das vítimas.
Há dois erros principais em "análises" de certos autores que pretendem enfocar a chamada Tragédia de Piancó. Um: desconhecerem a História e a realidade local, inclusive em suas peculiariedes políticas do mometo. Outro erro é o de se tomar, de antemão, posicionamento ideológico (pró ou contra a Coluna Prestes, pró ou contra o padre Aristides). Isto não existe no verdadeira espírito da Ciência Histórica. Há que apresentar os fatos, documentadamente, com eles se deram.
Evandro da Nóbrega
ESCRITOR, JORNALISTA, EDITOR

hostilio Gambarra parte 1

Padre Aristides e Hostílio Gambarra (1) Imprimir E-mail
16 de janeiro de 2010
Ao contrário do que se propalou, combatentes do sacerdote degolado não eram pés-rapados, mas membros de um grupo político de expressão localEvandro da Nóbrega
ESCRITOR, JORNALISTA, EDITOR
[http://druzz.blogspot.com]
[ druzz@reitoria.ufpb.br]
Sem contar os gibis, o primeiro livro que li foi... Os mártires de Piancó. Era essa a primeira obra a contar em detalhes o lamentável trucidamento do padre Aristides Ferreira da Cruz e mais de 20 outras pessoas, em 1926, por um contingente da Coluna Prestes, de passagem pelos Sertões paraibanos.
Meu pai adquirira o histórico volume em Patos mesmo, diretamente do Autor, o padre Manuel Otaviano. Estávamos em 1954, tinha eu uns 8 anos e foi lá, no livro sobre a "tragédia de Piancó", que por vez primeira me abismei com a ferocidade humana. Foi onde também deduzi, sem olhar no pai-dos-burros, o significado do verbo recrudescer (algo como o tiroteio recrudescia). Talvez por isso nunca tenha abandonado, qual os sertanejos em geral, o interesse pelo mavórtico episódio ocorrido na antiga Vila do Piancó.
Mas vamos ao que interessa. Esta dominical página especial de A União da semana passada — sobre a instrumentalização literária do padre Aristides Ferreira da Cruz (1872-1926) como personagem en passant de dois grandes romances brasileiros (O arquipélago, de Érico Veríssimo, e No coração das perogas, de Domingos Pellegrini), assim como na Literatura de Cordel — veio a despertar mais atenção entre os leitores do que se esperava. Assim, hoje, procura-se apresentar aqui novas informações sobre a sangrenta jornada que o então jovem repórter Praxedes Pitanga chamou de "a hecatombe de Piancó".
Voltemos à fatídica terça-feira, 9 de fevereiro de 1926, quando se deu essa "chacina de Piancó". Entre os que lá se achavam bem armados e municiados, ao lado do padre Aristides Ferreira da Cruz, defendendo a residência-piquete, na Vila piancoense, estava também o distribuidor em Juízo Hostílio Túlio Gambarra.
Quem leu o excelente livro de Domingos Meirelles sobre a Coluna Prestes, intitulado A noite das grandes fogueiras [Editora Record, São Paulo, 1998], há de se lembrar que os defensores do padre são aí apresentados como uns maltrapilhos, pés-rapados, facínoras andrajosos, cangaceiros desdentados e por aí vai. Mas não eram isto, não! — protestam os piancoenses de ontem e de hoje, para quem só o desconhecimento da realidade local permitiria afirmações desse gênero.
Tome-se o caso de Hostílio Túlio Gambarra. Ele também se achava entre os que, de armas em punho, junto ao padre Aristides, defendiam Piancó de algo que achavam ser um "ataque da Coluna Prestes". Ele ali não se encontrava apenas como um mero combatente "sem causa" ou como um wrong man in the wrong place at the wrong time — mais um homem errado no lugar errado e na hora errada.
Além do padre, estavam entre os que pegaram em armas não apenas o prefeito local, João Lacerda Moreira de Oliveira, e seu filho, o comerciante Osvaldo Lacerda Moreira de Oliveira, mas também o já citado Hostílio Túlio Gambarra, benquisto serventuário da Justiça; um escrivão do distrito de Aguiar, Manoel Clementino de Sousa; um escrivão da Coletoria Federal em Piancó, Antônio Clementino de Sousa (filho do anterior); e outras pessoas de destaque local.
Maltrapilhos, não — correligionários
Enxergar os defensores de Piancó apenas como matutos andrajosos sem eira nem beira constitui, no mínimo, lamentável amostra dos preconceitos alimentados por muitos sulistas contra os nordestinos.
Além do mais, o auxílio de Hostílio e dos demais combatentes ao padre Aristides representava gesto político. Eles formavam significativa parcela do grupo partidário que apoiava localmente o sacerdote, inclusive elegendo-o duas vezes deputado estadual. Também localmente combatiam a família Leite, cujo maior representante no Distrito Federal de então (a Capital da República, no Rio de Janeiro) era o deputado federal Felizardo Toscano Leite. Mas não devem admirar-se os leitores se, entre os que tombaram ao lado do padre, estivessem pelo menos dois de sobrenome Leite — esses eram de uma dissidência política da família.
Em tempo: esse mesmo Hostílio Túlio Gambarra — que não se perca pelo pomposamente duplo prenome romano, bem ao gosto do bacharelismo então ainda mais vigente no Brasil do que hoje — vem a ser avô materno do jornalista José Napoleão Ângelo. Napoleão é editor de Opinião do jornal A União e primo do jornalista e professor Orlando Ângelo, este radicado em Campina Grande.
O colega de Imprensa Napoleão Ângelo, aliás, é o jornalista de A União que recebeu esta página por e-mail, por nós enviada, e que a preparou, com seus companheiros de Redação, para que, depois de passar pelo crivo do Editor-Geral Sílvio Osias, pudesse circular bem arrumadinha, hoje, nesta edição dominical do jornal oficial do Estado da Paraíba.
Nesse quixotesco enfrentamento do padre Aristides com um relativamente pequeno grupo da Coluna Prestes, Hostílio ficou bem ao lado do padre Aristides simplesmente porque era amigo, correligionário e eleito do sacerdote. Como os demais companheiros do padre Aristides, que igualmente permaneceram na Vila de Piancó para o ajudar naquele transe, não tinha razões ou informações suficientes para alimentar simpatias ou antipatias por Prestes e por seus homens.
Vivendo nos confins dos Sertões paraibanos, Gambarra — como a esmagadora maioria dos brasileiros da época — não podia entender direito o que queriam realmente os revolucionários comandados por Luís Carlos Prestes, Miguel Costa, Siqueira Campos, Juarez Távora, João Alberto Lins de Barros, Osvaldo Cordeiro de Farias, Djalma Dutra,  Ari  Salgado Freire et alii. Alguns desses eram realmente autênticos idealistas, patriotas, reformistas. Outros, nem tanto, como fatos posteriores demonstrariam.
Segundo José Napoleão Ângelo, a História esqueceu de dizer que, depois do trucidamento do padre Aristides e já estando longe os homens da Coluna Prestes, a residência-bunker do sacerdote foi saqueada por inimigos políticos, jogando-se seus pertences numa fogueira. E a mesma coisa aconteceu com a casa e outros bens de seu amigo, partidário e companheiro do fatídico combate, Hostílio Túlio Gambarra.
Sobrado do sacerdote ardeu e fumaçou por dias, com o calor do incêndio derretendo as rapaduras
Gambarra devia sentir o que os demais sentiam: medo ante a aproximação da Coluna Prestes. No Nordeste, ocorria da mesma forma que noutras partes do Brasil: a Coluna ora era recepcionada com gritos de "viva!" e banquetes, ora era simplesmente recebida à bala mesmo, ao estilo da lei-de-chico-de-brito.
Isto dependia da localidade, da situação política do Estado, das relações dos habitantes com os esquemas locais de Poder. Medo todo mundo tinha. Mas havia alguns que transformavam o medo em coragem e até bravura, fosse para o bem, fosse para o mal, de modo que pegavam em armas e iam enfrentar a desconhecida fortuna: matar ou morrer; ferir ou ser ferido; dar adeus à vida ou escapar para contar a história.
Piancoense da gema, o jornalista Napoleão Ângelo, neto de Hostílio Gambarra, terminou aluno de Joanita Ferreira, filha do padre Aristides com sua mulher Maria José (Quita). Isto ocorreu no Grupo Escolar "Adhemar Leite". Localizado no centro de Piancó, esse estabelecimento de Ensino tem mais de 75 anos de existência. Por ironia do destino, tal foi erguido sobre as ruínas do antigo sobrado do padre Aristides, prédio que ardeu e/ou fumaçou por dias, até que o calor do fogaréu consumisse as últimas rapaduras ali armazenadas.
O padre Aristides conhecera sua futura mulher, a então ainda adolescente Maria José (Quita), no coro da igreja local. Visitara-a frequentemente na casa dos pais, na localidade Água Branca. Mas, com o falatório surgido e depois de afastado das ordens religiosas, o padre mandara raptá-la, passando a viver abertamente com ela. Além de Joanita, o padre teve com Quita três outros filhos: 1) Jorge, que, aborrecido com os adversários políticos e não apenas com os fatos ligados à Coluna Prestes, depois se fixaria no Sudeste, jamais retornando à Paraíba e vindo a falecer há alguns anos em Botucatu (SP); 2) Sebastião; e 3) Aristides Ferreira da Cruz Filho.
Foi por causa desse relacionamento marital com Quita que o então bispo da Paraíba, dom Adauto, alertado pelo deputado federal Felizardo Toscano Leite, suspendera em 1912 as ordens do padre. Diz-se que, num desabafo posterior à punição, Aristides teria dito, ao assumir abertamente o relacionamento com a namorada: "O Bispo errou e me fez errar".
Joanita, falecida em 2008, deu algumas entrevistas sobre o trágico acontecimento. Firmou seu nome como professora local, ao lado de outras destacadas mestras: Loura Lopes, Terezinha Lacerda, Chiquinha Freire, Dezinha Barreiro, Janete Lopes, Aracy Leite, Ernestina e demais devotadas formadoras de gerações de vale-piancoenses.

Hostilio Gambarra parte 2

23 de janeiro de 2010
Com informações contraditórias sobre o poder de fogo da Coluna Prestes, o padre Aristides avaliou mal as chances de vitória dos defensores de Piancóa. Divisão Revolucionária da Coluna Prestes estavam provisoriamente arranchados em Coremas e proximidades de Piancó. E só pequeno grupo de homens do Destacamento Cordeiro de Farias entrou na Vila de Piancó, ante a visão de bandeiras brancas espalhadas pelos caminhos e nos telhados de algumas casas. Esse pequeno grupo, liderado pelo capitão Pretinho, querido entre os revolucionários, ingressava na Vila pela rua do Conselho Municipal, quando foi alvejado a partir do piquete do sargento Manuel Arruda.
Evandro da NóbregaESCRITOR, JORNALISTA, EDITOR
[http://druzz.blogspot.com]
[ druzz@reitoria.ufpb.br]


Tantas são as informações (antigas e novas) sobre o episódio sangrento dos "mártires de Piancó" que se fez necessário elaborar esta segunda página em torno do distribuidor em Juízo Hostílio Túlio Calvacanti Gambarra. E ainda virá uma terceira e última página!
Hostílio foi um dos um dos mais de 20 piancoenses selvagemente mortos na terça-feira, 9 de fevereiro de 1926. Era amigo e correligionário político do padre Aristides Ferreira da Cruz (1872-1926), que liderou a defesa da Vila de Piancó, contra o que se julgava ser um ataque da Coluna Prestes. A Coluna apenas vinha do Ceará/Rio do Rio Grande do Norte e, tendo alcançado Coremas/Vale do Piancó, queria seguir para Patos, a Capital paraibana e/ou Pernambuco.
Destacamentos da 1
Os tiros feriram mortalmente o capitão e mataram seu cavalo, além de ferirem/ matarem uns quatro ou cinco outros coluneiros. O grupo retirou-se às pressas da Vila, mas voltou, uns 20 minutos depois, altamente reforçado por outros homens do Destacamento Cordeiro de Farias, aos quais logo se juntaram muitos do Destacamento Djalma Dutra. A ordem era arrasar a Vila, que tão violentamente recebera o grupo avançado da Coluna. Os homens de Prestes acreditavam haver sido vítimas de traição ou cilada: apesar das bandeiras brancas, tinham sido recebidos à bala.
Os que estavam com o padre Aristides num dos quatro piquetes da Vila não eram maltrapilhos ou andrajosos como alguns pensam — mas lideranças políticas de Piancó, com seus homens de confiança, todos fortemente armados. Como só depois (e fatalmente muito tarde) ficaria claro, não eram páreo para o "exército", numericamente bem superior, dos Destacamentos da Primeira Divisão Revolucionária.
Não por acaso Aristides estava à frente da defesa da Vila. Era partidário do ex-presidente da República Epitácio Pessoa. Em 1922, Epitácio determinara (com emprego da Polícia e, se preciso fosse, do Exército) a recondução do padre à chefia política de Piancó. Aristides (suspenso das ordens religiosas pelo bispo Dom Adauto desde 1912) fora expulso da cidade por partidários da família Leite, após tiroteio de 26 horas.
Resistindo na Vila o padre também atendia a apelo telegráfico do presidente paraibano João Suassuna no sentido de obstar a passagem da Coluna Prestes por Piancó. E, além disso, tentava mostrar que era realmente o chefe político da Vila, embora estivesse redondamente enganado quanto à Coluna estar faminta, sem munição e caindo pelas tabelas.
Para Praxedes, foi uma "hecatombe" 
Amigos tentaram dissuadir o padre Aristides: não devia enfrentar a Coluna, que, ao contrário do que inicialmente se supunha, chegara ao Vale do Piancó altamente municiada e fortalecida. Eram uns 1 mil 500 homens embalados! Disseram-lhe também: saia da cidade com a família, que a gente se encarrega de enfrentar a Coluna. Mas o padre teimou em permanecer. Afinal, onde estava seu brio?!
Tomada a decisão, ficaram a seu lado o distribuidor em Juízo Hostílio Túlio Gambarra, benquisto em toda a região, e vários outros correligionários políticos. Uma das 23 vítimas piancoenses do destino, naquele pavoroso dia, Hostílio era casado com Gualterina Gervásio de Sousa Cavalcanti [foto ao lado] e deixou os filhos: 1) Anita Cavalcanti (Ângelo) Gambarra; 2) Antônia Cavalcanti (Ângelo) Gambarra (Dona Tonhita, mãe do jornalista José Napoleão Ângelo); 3) Gualterina Cila Cavalcanti (Nunes) Gambarra; e 4) e Dagmar Cavalcanti (Nitão) Gambarra.
Uma das filhas de Hostílio, Antônia Cavalcanti Gambarra, casou-se com Napoleão Ângelo da Silva, tendo os seguintes filhos: a) Telma Rosicléa Ângelo Cavalcanti; b) João de Deus Ângelo; c) Luzia Aparecida Cavalcanti; d) Rosa Cléia Ângelo Cavalcanti; e o já referido jornalista Napoleão Ângelo. Como mostrou a revista O Cruzeiro de 23 de abril de 1955, quem se responsabilzou pela guarda das filhas de Hostílio Gambarra foi o coletor e Inácio Liberalino de Sousa. A longa reportagem é assinada por A. Monteiro e intitula-se "O Padre Sangrado".
O jornalista Napoleão Ângelo guarda um exemplar desse número da então maior revista semanal brasileira, que apresenta outras fotos de interesse: a casa em que o padre Aristides se entrincheirou com Hostílio e os demais correligionários (a mesma casa-forrtaleza em que resistira ao ataque dos inimigos políticos locais); o professor Conrado, de Piancó; a mulher do padre, Dona Quita; o próprio padre Aristides. Mas não existem fotos de Hostílio — elas foram destruídas pelo saque e incêndio promovidos por seus inimigos políticos, depois que a Coluna Prestes já havia ido embora.
Muito antes de a Imprensa, os poetas de bancada/cordel, e o padre Manuel Otaviano escreverem sobre os "mártires de Piancó", o então muito jovem repórter Praxedes Pitanga já tocara irada e candentemente no assunto. Isto ocorreu pouco dias depois da tragédia, como o historiador Deusdedit Leitão mostrou há alguns anos em artigo escrito para esta mesma A União.
Praxedes trabalhava então para um pequeno jornal (no estilo A Voz do Sertão ou Letras do Sertão e que circulava apenas no Vale do Piancó) e publicou matéria ilustrada, em tom da mais alta indignação contra a Coluna Prestes, revelando detalhes da "hecatombe de Piancó".
Foi essa, possivelmente, a primeira informação aparecida, sob letra de forma, na Imprensa paraibana, a respeito dos lamentáveis eventos no Piancó. Era o sangrento choque de duas visões diferentes do que deveria ser o Brasil e seu futuro.
A maioria degolada, morreram 23 piancoenses, contra uns 40 revolucionários da Coluna Presteso Prefeito local João Lacerda Moreira de Oliveira; seu filho Osvaldo Lacerda Moreira de Oliveira, comerciante; o também comerciante José Ferreira da Cruz (sobrinho do padre Aristides); os agricultores Joaquim Ferreira da Silva, Antônio Leopoldo, José e João Lourenço; outro agricultor e ex-praça da Polícia, Jovino Raimundo (conhecido por Quelé, diminutivo de Clementino); o guarda municipal Rufino Soares; Eloy e Joaquim Severino Leite (pai e fiho); Manoel Severino Leite; José Severino Leite; Antônio Cristóvão; Manoel Clementino de Sousa (escrivão do distrito de Aguiar); um filho deste, Antônio Clementino de Sousa (escrivão da Coletoria Federal em Piancó); João Ferreira; Antônio Custódio; o motorista Severino Rocha da Silva; o (ex-)detento Severino Guarabira; e Vicente Mororó. Em contrapartida, tombaram mortos na Vila de Piancó cerca de 40 homens da Coluna Prestes, aí enterrados no dia seguinte, por seus camaradas revolucionários.
Segundo listas apresentadas por historiadores — de Praxedes Pitanga e o padre Manuel Otaviano (Os mártires de Piancó), até Franciraldo Loureiro Lopes (Memorial das Familias Pereira Cavalcanti e Lopes Loureiro) —, foram mortas, na tragédia da terça-feira, 9 de fevereiro de 1926, além do padre Aristides e Hostílio Túlio Gambarra, as seguintes pessoas, num total de 23:

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Das filhas de Hostílio, uma remanesce, em plena lucidez: Dagmar Gambarra, irmã de Dona Antônia Cavalcanti Gambarra e, portanto, tia de Napoleão Ângelo. Dagmar é viúva de Pedro Ventura Nitão, o Primênio que fazia as delícias dos contadores (e ouvidores) de histórias da Paraíba antiga, quando o Ponto de Cem-Réis, no centro da Capital, ainda era o ponto de encontro dos pessoenses, seu tambor de repercussão, sua tribuna, sua ágora política.
Primênio faleceu em 2007, em Brasília (DF), onde ultimamente residia. Em João Pessoa, para quem se lembra, ele foi tesoureiro dos Correios e Telégrafos. Tinha aguçada presença de espírito. Certa vez, num dos bares que costumava frequentar nos bairros de Jaguaribe e Tambaú, estava em grande roda de amigos, quando o grupo foi abordado por um pressuroso garoto de recados:
— Quem é aqui "seu" Pedro Ventura, dos Correios?
— Sou eu, menino — respondeu Primênio, de pronto — Por quê?
— Mandaram chamar o Sr. Tem um homem importante dos Correios procurando o Sr. na Agência Central!
Sem alterar-se, Primênio entregou ao menino uma cédula (hoje correspondente a uns 10 reais) e lhe disse:
— Tome, esse dinheiro é seu. Mas não diga a ninguém que me viu, tá bem?!
[Leia a terceira e última parte no próximo domingo]

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